O Plano Real
Fernando Henrique Cardoso, nascido no Rio de Janeiro, formado em Ciências Sociais e professor emérito da USP, iniciou sua carreia política em 1978, ocupou cargos de suplente e senador, foi também um dos fundadores do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB), Ministro das Relações Exteriores e em 1993 Ministro da Fazenda, onde com a ajuda de vários economistas começou a desenvolver uma reforma monetária chamada de Plano Real. Como primeiro ato, em junho, Cardoso introduziu um plano chamado “plano de ação imediatada” que teve como principais pontos o corte de US$6 bilhões em gastos públicos, sendo 9% em gastos federais e 2,5% nos outros níveis do governo. Este plano também tornou mais rígida a cobrança de impostos e as dívidas que os Governos Estaduais mantinham com o Governo Federal, que já acumulava em US$38 bilhões, e que devido ao alto valor da dívida não seriam mais concedidos empréstimos até a quitação da mesma, além da ordem de alocar 9% das receitas para o pagamento da dívida. Sete meses depois Cardoso idealizou um novo programa, que foi apresentado ao Congresso e depois implantado aos poucos. Este novo programa tinha pontos importantes como, primeiramente, um ajuste fiscal e depois um sistema para a adoção de uma nova moeda. O ajuste fiscal consistia em 5% em aumento de impostos, criação de um Fundo Social de Emergência, que consta na Constituição como uma medida tomada para saneamento financeiro da Fazenda e estabilização econômica, cortes nos gastos com investimentos públicos, pessoais e empresas estatais. No começo de 1994 foi implantado um novo sistema de indexação chamado de URV (Unidade Real de Valor), que consistia ao dólar americano na base de um por um, e devido a inflação constante a cotação de URV em cruzeiros reais aumentava, chegando ao ponto em que a maioria dos preços, impostos e contratos eram fixados em URV, sendo assim, em 01 de Julho de 1994 foi introduzida a nova moeda chamada de Real: R$1,00 equivalia a uma