O PLANO REAL E SUA NOVA DINÂMICA NA MACROECONOMIA BRASILEIRA
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PÓLO DE SÃO BENTO
DISCIPLINA: MACROECONOMIA
o XIX e início do século XX, também conhecida como neoclássica, como toda a teoria econômica clássica, parte do pressuposto fundamental de que o mundo econômico é governado por leis naturais, as quais, se forem deixadas a funcionar livremente, produzirão sempre os melhores resultados possíveis. No entanto, essa teoria sofria das mesmas limitações da análise microeconômica, com a qual, na verdade, se confundia frequentemente. Era um modelo matematicamente rigoroso, fruto da imaginação e da inteligência de economistas brilhantes, mas não correspondia à realidade nem fornecia instrumentos eficientes de política econômica para nela intervir. Na verdade, era sob muitos aspectos mais uma peça de sistema ideológico alienado e conservador de justificativa do liberalismo econômico, do laissez-faire.
A denúncia de Keynes ao laissez-faire partia da verificação que, deixado o sistema econômico por sua própria conta, tenderia ele, inexoravelmente, à crise crônica de subconsumo, e ao desemprego. A análise keynesiana estava de acordo com a realidade que se observava no mundo, Por outro lado, Keynes não se limita à análise. Embora um teórico, foi ele sempre um homem preocupado com a prática, com a política econômica. Pôde, assim, partindo de uma análise teórica do sistema econômico capitalista muito mais realista do que a que fora até então, construir uma política econômica operacional, realmente capaz de atuar sobre o sistema econômico.
Keynes nos apresenta uma teoria macroeconômica relativamente dinâmica, cujas incógnitas fundamentais são o volume da produção e o nível de emprego decorrente. Além disso, ao invés de partir da análise do comportamento individual dos agentes microeconômicos - os consumidores e os produtores, Keynes adota uma abordagem macroeconômica, partindo diretamente do estudo dos agregados econômicos básicos: a renda, o