O período Pré-Socrático
A Escola Jônica, assim chamada por ter florescido nas colônias jônicas da Ásia Menor, compreende os jônios antigos e os jônios posteriores ou juniores. A escola jônica, é também a primeira do período naturalista, preocupando-se os seus expoentes com achar a substância única, a causa, o princípio do mundo natural vário, múltiplo e mutável. Essa escola floresceu colônias gregas de Mileto e Éfeso na Ásia Menor, durante todo o VI século, até a destruição da cidade pelos persas no ano de 494 A.C., prolongando-se porém ainda pelo V século. Os jônicos julgaram encontrar a substância última das coisas em uma matéria única; e pensaram que nessa matéria fosse imanente uma força ativa, de cuja ação derivariam precisamente a variedade, a multiplicidade, a sucessão dos fenômenos na matéria una. Daí ser chamada esta doutrina hilozoísmo (matéria animada). Os jônios antigos consideram o Universo do ponto de vista estático, procurando determinar o elemento primordial, a matéria primitiva de que são compostos todos os seres. Os mais conhecidos são: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto. Tales de Mileto (c.623-546 a.C) é tido como pensador que deu inicio a indagação racional sobre o universo. Inspirando-se provavelmente em concepções egípcias, acrescidas de suas próprias observações de corpos hídricos – como rios e mares -. bem como da vida animal e vegetal, ele dizia: “Tudo é água”. Para ele, a água – por permanecer basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados (sólidos, líquido e gasoso) – seria a arché, a substância primordial, a origem única de todas as coisas, presente em tudo o que existe. Como principio vital, a água penetraria todas as coisas e tudo seria animado por ela, de tal modo que tudo teria alma ( isto é, anima ou psyché ).Por isso, tudo seria divino( ou “cheio de deuses”),não havendo separação entre o sagrado e o mundano. O universo seria uno e homogêneo. Apesar da