O Pequeno Príncipe
Esta fábula ou parábola, aparentemente dirigida ao público infantil, mas permeada por um alto teor filosófico e poético, foi a terceira produção literária mais traduzida no Planeta – a primeira é o Livro Sagrado e a segunda é O Peregrino, A Viagem do Cristão da Cidade da Destruição para a Jerusalém Celestial, do inglês John Bunyan -, lançada em 160 idiomas ou dialetos, até mesmo na África do Sul. Em Portugal esta obra é adotada no ensino básico, nas aulas de Língua Portuguesa, e no Japão foi construído um museu para o protagonista da trama.
O escritor se torna, em sua obra, um dos personagens principais, além de ser o próprio narrador do enredo, protagonizado por uma criança de cabelos da cor do ouro e cachecol vermelho em torno do pescoço. A história tem início com um problema no avião do autor, que fica preso temporariamente no deserto do Saara. Ao acordar, uma certa manhã, ele se depara com O Pequeno Príncipe, que lhe pede para desenhar um carneiro para ele.
O narrador tem suas próprias experiências traumáticas com desenhos, pois quando criança ele criara um elefante engolido por uma jibóia, mas os adultos apenas viam em sua obra o esboço de um chapéu. Inconformado e sem incentivos para continuar a criar, ele tem dificuldades para atender o pedido do pequeno jovem, mas é incentivado por encontrar alguém que finalmente vê em seu desenho a imagem real, além das aparências, e consegue assim produzir um carneiro dentro de um recipiente. Este episódio revela as dificuldades dos adultos para perceberem o universo da fantasia quando crescem e matam