O Pensamento Liberal no Século XX

O pensamento Liberal no século XX teve sua maior expressão política sob a insígnia do Keynesianismo. Dentro do pensamento de Keynes, o Estado deveria estar preocupado em atuar diretamente sobre a economia como regulador da demanda, investindo no setor público - de saúde e educação, por exemplo - e criando leis como a do salário mínimo e a redução da jornada de trabalho. Atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida, aumentando desta forma enormemente as responsabilidades deste em relação tanto a economia quanto à política. Desta forma o Estado passa a ser o ator central dentro do pensamento Liberal e é ele o responsável por articular todas as funções, que não eram realizadas pela iniciativa individual e que antes foram consideradas como auto-reguladoras pelos autores neoclássicos, ele também passa a atuar como condicionador tanto da atividade econômica como da atividade político-social, no tocante as leis reguladoras das relações entre trabalhador, empresários e Estado. Ele ainda afirma que a função do Estado não é suplantar o mercado, mas por outro lado, complementar o que o mercado não consegue realizar por si próprio, levando a descrédito a teoria do laissez-faire. É interessante notar como sob certos aspectos o Liberalismo Keynesiano tem uma proximidade muito grande com as políticas estatais dos países de economia planificada, no sentido de evitar que o interesse particular suplante, e por conseqüência, cause danos, aos interesses coletivos que representam tanto a sociedade, quanto o mercado, já que as ações de um influenciam diretamente no comportamento do outro.

Em oposição à idéia do Estado centralizador, surge com o Neoliberalismo uma nova leitura sobre o papel do Estado tanto na sociedade quanto na economia. Esta corrente então passa a opor-se radicalmente ao pensamento presente tanto nas políticas estatais socialistas, quanto nas do Estado assistencialista, pela sua ênfase na