O pensamento economico da grecia
A predominância da filosofia reflecte-se na ausência de um pensamento económico. Ainda assim, há três orientações que dominam a prática económica por esta altura:
1. A ideia de preponderância do geral sobre o particular;
2. A ideia de igualdade;
3. As ideias de desprezo da riqueza.
1.A Grécia está dividida em cidades independentes, sempre em guerra umas com as outras. O sacrifício do indivíduo à cidade é a regra. Os problemas de bem-estar individual se subordinam aos se segurança e prosperidade gerais.
2.A igualdade, no aspecto ético, domina todas as manifestações teóricas do espírito grego. O Estado ideal dos gregos deveria compor-se de determinado número de habitantes, a ser este mantido estável. São condições que parecem favoráveis à manutenção da boa ordem política. A economia é, assim, eclipsada pela filosofia. Platão, por exemplo, estuda a divisão do trabalho, chegando mesmo a considerar com muita subtileza a sua necessidade e as suas vantagens. Indica, entretanto, não ser isto possível senão havendo uma população densa. Mas prefere privar-se das vantagens de uma produção dividida a se sujeitar aos inconvenientes que, segundo ele, por certo adviriam de uma população numericamente importante.
3.A atitude filosófica conduz, enfim, ao desprezo da riqueza. Diz Platão: “O ouro e a virtude são como dois pesos colocados nos pratos de uma balança, de tal modo que um não pode subir sem que desça o outro”. A felicidade reside na virtude, e a riqueza é um obstáculo à felicidade; logo, deve desistir-se de obtê-la. A preocupação essencial do homem deve ser a vida da alma; vêm em seguida os cuidados com o corpo e4, em último lugar, com a riqueza.
Nos principais tratados de filosofia encontram-se espalhados os primeiros elementos das grandes doutrinas económicas: as correntes individualista, socialista, intervencionista, cuja evolução se verificará até aos nossos dias.
1.Corrente Individualista: surge como reacção ao meio