O país do futuro
Quando criança eu escutava com muita frequência um bordão que ainda hoje não é raro de ser pronunciado: “O Brasil é o país do futuro”.
Naquele tempo, por volta de 1985, eu imaginava um futuro com o Brasil em pé de igualdade com as potências da época. Que neste caso eram os EUA e o Japão.
Assim, cresci com a crença de que no futuro o Brasil estaria em uma posição de liderança com grande destaque no cenário mundial. Em parte, isto é verdade, principalmente se considerarmos o desenvolvimento dos últimos 35 anos.
Neste período, pude ver bem de perto o crescimento da economia, a ponto de compormos o ranking das 10 maiores economias do mundo. Além disso, acredito que muito poucos poderiam imaginar que o Brasil deixaria de ser um dos devedores do FMI para se tornar um credor, ditando caminhos desta instituição, definindo como, quando e para quem emprestar.
Porém, se compararmos todo esse desenvolvimento com a expectativa promovida pelo potencial que realmente tem, o Brasil certamente poderia ter alcançado marcos mais relevantes quanto ao próprio crescimento