O paradigma das correlação de forças
O Paradigma da Correlação de Forças: Uma Proposta de Formulação Teórica-Prática
A discussão do texto retrata sobre a relação entre mudança e estruturas sociais, que suscita a pergunta onde e por que o conceito de estrutura nela se insere, parece-me bastante relevante para o serviço social. Mais especificamente visamos propiciar uma reflexão, voltada à ação, para colocar em pauta a discussão algum dispositivo de intervenção profissional no processo pratica. O paradigma da correlação de forças a concepção da intervenção profissional como confrontação de interesses, recursos, energia, conhecimento, etc.
Atribui-se ao Serviço Social um poder independente das instituições, das agências com base em um conhecimento técnico, científico e um conjunto de valores que identificam a relações sociais. Outro pressuposto dessa visão é de que a prática funciona por consenso, no que denominamos modelo consensual da intervenção, que implica em que as pessoas e o assistente social estejam assumindo valores comuns compartilhados. No entanto essa visão não leva em conta os valores dominantes e os dominados e nem as desigualdades sociais.
O paradigma da correlação de forças configura uma ruptura com as visões clinica e tecnocrática da intervenção profissional. Este paradigma implica também uma ruptura com a visão mecanicista da sociedade que nega o papel do sujeito na transformação social, reduzindo as mudanças superestruturais a reflexos das condições materiais, colocando o Serviço Social na função de controle social para manter as condições de reprodução capitalista da sociedade. Não se resume o paradigma, também a desvendar as causas estruturais dos problemas individuais ou os significados que o usuário dá para suas experiências individuais e sociais ao relacionar suas escolhas objetivamente vividas com suas idéias, sentimentos e comportamentos. Nossa analise considera as relações interpessoais implicadas nas relações sociais globais como um processo complexo