O papel do sujeito na dinâmica social
Eugène Enriquez
Eugène Enriquez (30/07/1931 )é sociólogo, professor emérito da Universidade Paris VII, pioneiro e um dos expoentes da psicossociologia e da sociologia clínica – disciplinas que estabeleceram pontes teóricas entre a sociologia e a psicanálise. Co-redator/editor da revista Nouvelle Revue de Psychosociologie, escreveu os livros "Da Horda ao Estado", "A organização em análise", dentre muitos outros, em co-autoria com psicossociólogos.
No texto o autor aborda o assunto de como as teses sobre a morte do sujeito e a história sem sujeito tem tido sucesso e contrapõe dizendo que o individuo tem papel importante na transformação da sociedade. O autor completa ainda dizendo que o fato de fazer desaparecer o sujeito, mesmo sem dizer, acaba sendo um determinismo absoluto dos processos sociais, fazendo com que o sujeito se torne um ser coagido, um ser falado e nunca um ser falante e nem um autor de seus atos. Um dos trechos bem interessante do texto e uma parte no qual o autor diz que todo individuo nasce em uma sociedade que já têm estabelecidas a sua cultura e que é impossível analisar um individuo sem antes analisar á conduta dos outros para com ele, a conduta social e cultural. Ou seja, o autor fala de como e impossível conhecer determinado individuo sem antes conhecer a sociedade em que este individuo esta inserido, suas relações culturais e sociais, e etc.
Enriquez ainda cita uma sociedade heterônoma, que só existe e só funciona no interior de um social dado, de uma cultural particular que lhe dita, em parte, sua conduta. Com indivíduos conformados a seus votos e seus ideais. Mas acrescenta que o individuo humano só é parcialmente heterônomo, que eles têm se tornando cada vez mais fundadores de si meso deixando de lado esse heterônimo quase fanático.
Outro trecho interessante é onde o autor fala que a individualização que tem sido objeto de tantas preocupações nos dias atuais