o papel do lúdico para o tratamento de crianças no ambiente hospitalar.
Renata Furtado Isaias
Fortaleza/CE
Setembro de 2011
O lúdico está sendo discutido através de várias vertentes como na sociologia, na filosofia, na educação, na psicologia, entre tantas outras. Podendo manifestar-se não apenas no brinquedo, mas também por meio do brincar, enquanto ação, pelo jogo, por atividades e passeios de lazer. Sendo “bastante comum observar a utilização dos termos jogo, brinquedo, brincadeira, brincar, festa e lazer em substituição à palavra "lúdico".” (ALVIM; BEUTER, 2010, p. 568).
Segundo Winnicott, 1975, o brincar é como uma experiência, que será sempre criativa. As crianças brincam com mais facilidade quando a outra pessoa pode e esta livre para ser brincalhona, pra entrar em seu jogo de fantasia. As pessoas devem estar disponíveis quando as crianças brincam, mas não é preciso ingressar no brincar da criança, não há a necessidade do adulto se posicionar como administrador, anulando assim o espírito criativo presente nas crianças.
Na psicoterapia, o terapeuta envolve-se com o brincar do paciente, podendo ser uma forma de comunicação. Se não houver o brincar, o trabalho do terapeuta será inicialmente de trazer o paciente de um estado que não é capaz de brincar para um estado que seja. Ele busca a comunicação da criança e sabe que o domínio dela pela fala normalmente não é muito expressivo, não é capaz de transmitir o que ela transmitiria através da brincadeira. A brincadeira é um fenômeno universal, representa a saúde, pois o brincar facilita o crescimento do bebê, ele conduz a relacionamentos grupais. (WINNICOTT, 1975)
Deve-se tomar cuidado para a brincadeira não ser imposta, e sim estimular o ato de brincar, mas a criança deve ser totalmente livre para escolher por sua participação ou não. O brincar criativo tem como uma das características mais marcantes a imprevisibilidade, em um momento a criança desenvolve uma história e logo