O papel das mulheres nos processos econômicos internacionais

Universidade Federa Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Estudos de Gênero e Sexualidade
Docente: Moema Guedes
Discente: Nicolle Berti

O papel das mulheres nos processos econômicos internacionais

Introdução

Diante da percepção de neutralidade apontada pela literatura socioeconômica sobre os processos atuais de globalização no tocante as relações de gênero, o presente trabalho pretende examinar a dinâmica de organização da globalização hegemônica, denominada neoliberal, para esclarecer como se opera a dimensão de gênero nesse processo, e analisar a reorganização geopolítica das economias, com o propósito de elucidar as desigualdades de gênero e especificar os lugares estratégicos para a materialização das dimensões de gênero e das novas formas de presença das mulheres na atividade econômica. Pois apesar do crescente numero de mulheres profissionais inseridas nos mais variados níveis da atividade econômica, este mundo ainda é marcadamente considerado masculino, posto que reflete propriedades culturais, e dinâmicas de poder estruturalmente assimétricos entre homens e mulheres.

As Consequências da Globalização Neoliberal para as Mulheres

A globalização neoliberal foi uma reestruturação global relacionada a processos e ideologias capitalistas - neoliberais, a partir dos anos 1960. Primeiro, com a redução do papel do Estado e a desregulamentação da economia, o mercado passou a agir livremente na determinação de resultados econômicos, sem envolvimento dos governos. Esta tendência foi observada em um grande número de países. Em segundo lugar, desde o final dos anos 1970, a globalização também tem envolvido programas de ajuste estrutural, impostos pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial como condição para concessão de empréstimos. Os PAE obrigaram os governos a abrir ainda mais suas economias ao comércio e fluxos financeiros − que minaram o desenvolvimento sustentável e causaram instabilidade financeira −