O papel da mulher nos contos de fadas
Com o avanço do racionalismo cientificista e sua febre de conhecimento exato e objetivo, os contos de fadas, de natureza sobrenatural ou mágica, foram sendo gradativamente marginalizados e inclusive recusados pelas novas diretrizes de ensino. O pragmatismo da sociedade progressista que então começa a se consolidar não tem espaço para a fantasia.
O tema desse trabalho surgiu pela observação do papel feminino nos contos de fadas, que na maioria das vezes seu personagem é caracterizado como heróico, porém, suas ações durante os contos não correspondem às expectativas de um personagem heróico.
A definição que se tem hoje de herói é: “Homem extraordinário pelos efeitos guerreiros, valor ou magnanimidade”; ao analisarmos os contos de fadas no qual a mulher é heroína, podemos concluir que a mesma não exerce nenhum papel extraordinário ou magnânimo, seu personagem é passivo, normalmente fazendo interpretação de boa conduta que no final casa-se com o príncipe encantado. Isso será representado nos contos A Bela a Adormecida e Cinderela.
Quando analisamos um homem no papel heróico, as características de seu personagem são extraordinárias pelos efeitos guerreiros, valor ou magnânimo. O homem não é considerado herói, pelo simples fato de ter boa conduta.
Essa visão da mulher heroína, ser somente aquela que apresenta característica submissa, bondosa e boa doméstica, refletem às características da sociedade patriarca e machista, as mulheres que não obedeciam a esses preceitos eram “transformadas” nas bruxas más, solteiras, velhas e feias.
Esse fato se dá, pois, os contos são ambientados na Europa Feudal e ajudam a preservar um estereótipo criado há muitos séculos.
Os contos de fada poderiam ser mais bem aproveitados se o contador criasse uma relação entre o período em que surgiram e a atualidade, uma vez que o papel da mulher na sociedade mudou muito. No conto Shrek representaremos com a princesa Fiona, essa mudança com relação às características das