O papel da "guerra as drogas" na criminalização da pobreza
Introdução
A proibição das drogas é um fracasso total. Em 100 anos tentando proibir as drogas em nenhum lugar
do mundo houve êxito, não por falta de empenho ou
orçamento. O país que mais investe na repressão as drogas no mundo são os EUA. Nos
Estados Unidos existe maior população carcerária do planeta, mais de 2,5 milhões estadunidenses estão encarcerados, e mais da metade desses estão presos por trafico ou uso de drogas. Apesar disso, os EUA são o país onde mais se consome drogas ilícitas em todo mundo. Segundo a ONU mais de 40% da população americana já consumiu drogas ilícitas. No Brasil o ministério da saúde calcula em 7% da população já consumiu drogas ilícitas, ou seja apesar do esforço dos EUA ser o maior do que de qualquer país do mundo eles tem a posição de ter a população que mais consome drogas ilícitas. A política de proibição é um fracasso, não consegue impedir o trafico de drogas em nenhum país do mundo.
A proibição além de não funcionar, tem efeitos colaterais que são mais graves que o consumo de drogas, por exemplo a existência de um mercado totalmente sem controle. Hoje no Brasil é mais fácil pra uma criança comprar drogas em bocas de fumo do que comprar cerveja ou cigarro. O mercado que se tenta proibir e não se consegue vira um mercado sem controle, onde qualquer um tem acesso, onde as drogas que são adquiridas não passam por nenhum controle de qualidade o que permite a mistura de substancias muitas vezes mais nocivas a saúde do que só a droga em si.
A proibição provoca violência. Violência entre grupos armados que disputam mercado, violência entre policia e esses grupos. Uma violência que não faz distinção.
Usuários, policiais, traficantes e pessoas que nada tem haver com o mercado de drogas, são sistematicamente atingidos pela violência da proibição. Porém, não existe guerra contra as coisas, não existe guerra contra as drogas no mundo, guerras