O papel da fisioterapia no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O AVC atinge 16 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Os sintomas mais comuns são a perda de força muscular de um lado do corpo, fala enrolada, desvio da boca para um lado do rosto, sensação de formigamento no braço, dores de cabeça súbita ou intensa, tontura, náusea e vômito.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o número de óbitos por AVC chega a quase 100 mil pessoas: passou de 84.713, em 2000, para 99.726, em 2010. Atualmente, a doença é a primeira causa de mortes registradas no país, porém a taxa de mortalidade por AVC na faixa etária até 70 anos de idade reduziu 32,6% entre 2000 e 2010.
Esse avanço deve-se ao aumento da quantidade de leitos em todo o país e ao aperfeiçoamento dos tratamentos que estão cada vez mais específicos.
A fisioterapia atua na recuperação funcional do indivíduo, possibilitando e auxiliando o retorno às suas atividades de vida diária e ao convívio social.
O processo de reabilitação se inicia ainda na fase hospitalar, no auxílio à prevenção ou recuperação das complicações respiratórias e motoras. Assim que o paciente esteja estável e ciente da sua condição física após o ictus, inicia-se o tratamento de mobilização, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e estímulos para o restabelecimento sensorial.
O tratamento visa maximizar a capacidade funcional e evitar complicações secundárias, possibilitando ao paciente reassumir todos os aspectos da vida em seu próprio meio; normalizar o tônus muscular; manter ou ganhar amplitude de movimento; ganhar ou melhorar a força muscular, equilíbrio e marcha; tratar subluxação de ombro; prevenir contraturas e deformidades; auxiliar no reaprendizado motor.
A recuperação completa ou parcial do paciente depende da atuação precoce e eficaz do tratamento, do tipo e da localização da lesão, pois pode afetar estruturas vitais à sobrevida.
O tempo de tratamento fisioterapêutico vai depender das sequelas