O PAPEL AMERICANO NO PROBLEMA DO NARCOTRÁFICO MEXICANO
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O relacionamento entre México e Estados Unidos representa, simultaneamente, uma grande quantidade de desafios e enormes possibilidades de cooperação e benefícios mútuos. As interações entre esses países influenciam uma diversidade de temas tais como comércio, imigração, drogas e segurança nacional. A deterioração em termos de segurança e o aumento da violência relacionada ao intenso tráfico de drogas na realidade mexicana atrai atenção da sociedade e do governo americano. O México é um dos principais produtores e fornecedores de heroína, metanfetamina e maconha para o mercado americano e mais de 95% da cocaína vendida nos Estados Unidos passa pelo país . A desigualdade, corrupção, pobreza e falta de oportunidades no México contribuem, sem dúvidas, para a perpetuação dessa situação. A violência alimentada pelo tráfico de drogas ameaça marginalizar a autoridade do estado mexicano e criar um estado de anarquia criminal e nepotismo. Os Estados Unidos também assumem um papel no tráfico de drogas: a demanda por drogas - o país é o maior consumidor de drogas ilegais -, e o fornecimento de armas que alimentam a violência – estima-se que 90-95% das armas usadas por traficantes mexicanos são originárias dos Estados Unidos . Por outro lado, o governo americano fornece assistência ao combate ao tráfico de drogas. A principal premissa da assistência antidrogas americana é impedir a produção e tráfico na fonte, através de suporte para eliminar cultivos ou interceptar carregamentos e também através de cooperação para extirpar vulnerabilidades econômicas e sociais . Em março de 2007, os Estados Unidos e o México estabeleceram o Plano Mérida, que expandiu a cooperação bilateral para combater organizações, gangues e outros grupos criminais relacionados ao narcotráfico. Nisso consiste o primeiro pilar do plano, seguido de três outros os quais se tratam de, em primeiro lugar, fortalecer as instituições responsáveis pela manutenção da ordem, especialmente a polícia e o