O Pai do Realismo e o "Pai de Todos"
CAMILA RAMALHO DEL NERY B8320C-6
O Pai do Realismo e o “pai de todos”
No Brasil, os movimentos realistas, naturalista e parnasiano são simultâneos. Os três ocorreram no mesmo período cronológico: 1881-1893. O realismo inaugura-se em 1881, com Memórias Póstumas de Brás Cubas. O naturalismo também em 1881 aparece com a obra O Mulato, de Aluisio de Azevedo. Como marco inicial do parnasianismo o aparecimento, em 1882, o livro de poemas Fanfarras, de Teófilo Dias.
É comum designar-se como período realista o conjunto desses três movimentos ou correntes: o realismo propriamente dito, o naturalismo e o parnasianismo.
Machado de Assis
(Rio de Janeiro, 1839-1908)
Vida:
Foi o grande representante do Realismo no Brasil. Foi autodidata, venceu limitações pessoais (era gago e epilético) e sociais (era mulato e pobre). Foi aprendiz de tipógrafo e iniciou sua carreira aos dezesseis anos. Ocupou cargos públicos importantes e foi o fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Agudo “analista da alma humana” começou escrevendo poesia e prosa romântica. Em 1881 inaugura o Realismo, com o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas. Como cronista e como critico literário publicou páginas notáveis, que estão entre o que se escreveu de melhor nesses gêneros no Brasil.
A ficção machadiana
a) Conto:
O contista Machado de Assis, para muitos, supera o romancista. Coube a ele dar ao conto densidade e excelência insuperáveis em nossa literatura.
Distinguem-se duas fases: a primeira, dita romântica e a segunda, realista, inclui os melhores contos: Papeis Avulsos, Historia sem Data, Varias Historias e Relíquias de Casa Velha.
Na fase romântica, a angustia das personagens é determinada pela necessidade de status. O tema da traição antes de aparecer em Dom Casmurro, já estava nos contos “A Mulher de Preto” e “Confissões de uma Viúva Moça”.
Nessa primeira fase, a mentira é punida e desmascarada. Em “A Parasita