o pacto fordista
A técnica de organização da produção fordista é da linha de produção, espaço no qual o trabalho é compartimentalizado em ações elementares, com movimentos restritos e ditados pelo tempo das máquinas. O trabalhador perde o controle do que está produzindo e das técnicas de produção. Há uma separação entre gerência, concepção, controle e execução.
O Fordismo é mais do que uma técnica de produção, dá abertura a um novo tipo de trabalho, trabalhador e homem. É uma transformação antropológica, que atinge sua forma de existência no mundo psicológica. O regime de acumulação funciona de forma estável, coesa e homogênea. Para que o fordismo se estabelecesse como regime de acumulação, ou seja, uma forma geral que atingisse todos os modos de vida, inclusive a organização estatal foi necessário um longo caminho.
Esse novo sistema sofreu diversas formas de resistência: a educação para o consumo, a disciplina para o trabalho e impasses políticos-religiosos. Os liberais eram contra este sistema, pois além do fato de estar relacionado ao aumento de salários, também ficou associado a uma herança maldita autoritária, pois o primeiro país a implementar o sistema fordista foi a Alemanha nazista.
O contexto do pós-guerra significou inúmeras formas de catástrofes. O primeiro é o colapso populacional, no qual houve o extermínio e expulsão de massas. O segundo é o colapso econômico, por conta da destruição de toda infraestrutura. O terceiro é o colapso político, no qual as elites liberais foram desmoralizadas, por não conseguir lidar com a situação de guerras. O último é o colapso moral, no qual as pessoas passaram por uma degradação moral própria, seus padrões morais estavam fragilizados, perguntas como “como educar após auschwitz?”, “como julgar alguém?”, não conseguiam ser respondidas.
O capitalismo estava destruído, extremamente fragilizado, houve uma conscientização geral de que as duas Guerras Mundiais ocorreram por disputas deste sistema. O sistema fordista,