O ouro das minas gerais
Hoje, a cidade de Ouro Preto e muitos outros municípios mineiros, são considerados pela UNESCO patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Entretanto, essas cidades já foram, por muito tempo, exploradas por fazerem parte da principal zona aurífera do Brasil.
A coroa portuguesa somente soube da descoberta de ouro no reinado de D. Pedro II. Os bandeirantes foram os que descobriram as primeiras jazidas do metal precioso em um local que passaria a se chamar Minas Gerais.
Essa corrida ao ouro fez com que um grande número de pessoas se deslocasse para a região com o sonho de enriquecer rapidamente. Isso acarretou uma miscigenação sem precedentes em nosso país.
Contudo, muitas pessoas morriam no traslado até as minas. Os que não morriam neste deslocamento, passavam muita fome na região aurífera, pois o preço dos alimentos era exorbitante.
A miséria e a ganância eram tanta que acarretou até mesmo uma guerra, a Guerra dos Emboabas – portugueses forasteiros – que mantinham tensas relações com os paulistas sobre o domínio das minas de ouro. Os emboabas acabaram ganhando esta guerra e fazendo com que os paulistas descobrissem outras jazidas nos atuais Matogrosso e Goiás.
Eram muitos os impostos cobrados sobre a simples descoberta de ouro em algum local. Estas cobranças culminaram em várias revoltas e mortes, mas também originaram as sonegações de informações. Uma das técnicas de “contrabando” era esconder ouro em imagens de santos ocos, dando origem à expressão “santo do pau oco”. Uma das estratégias da coroa portuguesa foi criar as primeiras barreiras alfandegárias no Brasil para controlar o trânsito de metais e minerais preciosos.
Quando a Guerra dos Emboabas terminou, foram criados vários órgãos para representar os interesses dos portugueses na região aurífera. Entre eles existia a Intendência das Minas que, entre outras funções, dava a concessão de