O orkut e a tragédia da cultura moderna
INTRODUÇÃO: O Orkut é considerado uma cidade virtual. E a cidadania de seususuários, conectados a grande rede, pode ser pensada a partir de uma série de aspectos abordados na obra de George Simmel.O presente ensaio tenta traçar certos paralelos entre essa obra e osrelacionamentos virtuais, fundamentalmente considerando o Orkut frente aoperfil individual orkutiano, numa metáfora (ou reflexo) da cisão entre a cultura objetiva e a cultura subjetiva. Ou seja, partimos da idéia de que oorkut (e a própria Internet) é um plano em que o processo de virtualizaçãodo real tenta dar conta das objetivações humanas, e por isso cresce exponencialmente na modernidade, assim como a cultura objetiva. Enquanto apágina pessoal do Orkut, em sua estrutura, está demarcando dentro desseuniverso, o espaço da subjetividade.Partindo dessa reflexão discutimos longamente uma série de aspectos presentes nos textos de Simmel, que poderiam servir para pensar o Orkut nalógica da tragédia moderna e de suas implicações no tocante ao advento daeconomia monetária, à quantificação, à autodeterminação individual, a automização das objetivações e a valorização de uma massificaçãoquantificada.METODOLOGIA: Foi através da necessidade de uma pesquisa que abordasse o temamodernidade em Simmel, e mais ainda um tema que fizesse parte da contemporaneidade, que optamos por escolher o tema estudado. Os resultados do presente trabalho foram obtidos através de pesquisabibliográfica feita em bibliotecas da cidade, entrevistas feitas comusuários do site em questão (Orkut), e pesquisa empírica de analise dos dados do Orkut.CONCLUSÃO:Simmel permite-nos fazer uma reflexão interessante sobre os espaçosvirtuais de sociabilidade, no que diz respeito à afirmação de identidade,pessoalização das relações etc. tudo isso inserido no contexto da modernidade descrita por Simmel.Ainda podemos afirmar que o Orkut compartilha seu sentido deestimulador da socialização com um outro, inesperado