O OLHAR NO OLHO DO OUTRO
TEXTO: O OLHAR NO OLHO DO OUTRO, Revista PISEAGRAMA, Passeio.
O texto começa tratando do estar junto que se resume em estar nas cidades (esfera pública) e não em família ou entre amigos. Trata da questão de respeitar o outro, mas diferentemente da ideia do amor cristão, conviver sem ter que necessariamente amar. É importante saber valorizar a existência do outro, através de uma indiferença respeitosa. Muitas vezes é inerente ao homem a discriminação quando não aceitamos as semelhanças (aquilo que se parece com nós) nos outros. O andar nas ruas serve ao afastamento do medo em que a própria rua gera em certos estratos da sociedade. O contato visual entre os circulantes das ruas aproxima estes dos diversos sentimentos e da alteridade. O homem da cidade faz parte de um todo e não é o protagonista, mas sim está formatado na condição de cidadão. A cidade é mais forte, e é a referencia deste cidadão o qual constrói com sua vida e suas experiência sua cidade interior. Apesar de toda sua "glória"a cidade revela-se como traiçoeira devido sua eterna transformação forçando os cidadãos a se adaptarem a buscarem os melhores lugares, caminhos, mudarem hábitos, a aceitarem perdas e gerenciarem ganhos. A cidade é viva, plural e pulsante e regida pelo imaginário urbano. Ela não se resume a circuito do dia-a-dia, mas ela possui história, histórias carregadas de significados e que permeiam participando ativa ou passivamente das vidas dos cidadãos. Histórias que podem ser exemplificadas nos nomes de lugares como a Consolação, Liberdade, Paraíso entre outras daa cidade de São Paulo. Essa cidade "recalcada" carrega em sua historia momentos sofridos e tristes, mas também alegres e de gloria. A arte através da poesia, musica traz o sentido de importância às cidades e suas historias. Mario de Andrade no texto Lira Paulistana, mostra a fusão corporal do cidadão com a cidade, o corpo urbano misturado ao do poeta revela a