O Olhar da Mente - relações

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Campus Universitário de Florianópolis
Curso de Bacharelado em Psicologia
Disciplina: Ciência e Profissão & Prática e Pesquisa Orientada I
Professor: Iuri Novaes & Marivete Gesser
Acadêmico: Liane de Liz Oliveira Turma: 1ª Fase – 2014.02

TRABALHO DE INTEGRAÇÃO DAS DISCIPLINAS DO PRIMEIRO SEMESTRE

Em “O Olhar da Mente” (2010), Oliver Sacks apresenta o caso de Lillian Kallir, uma pianista com uma estranha disfunção neurológica que, além de lhe tornar incapaz de ler (palavras ou música), também afetava sua percepção e reconhecimento de objetos, faces e lugares. Essa condição, chamada alexia, não é exatamente rara; porém, normalmente se apresenta como consequência de tumores, traumas ou como sintoma da doença de Alzheimer. No caso de Lilian, nenhuma das respostas típicas parecia se encaixar. Após baterias e mais baterias de exames oftalmológicos e neurológicos, foi constatada uma “atrofia cortical posterior do hemisfério esquerdo atípica” – no entanto, nem causa específica ou esperança de cura foram oferecidas. Quando chegou ao consultório do Dr. Sacks, cerca de três anos depois de apresentar os primeiros sintomas, o quadro de Lilían era complexo, mas não necessariamente grave ou impossibilitante. Apesar de ainda conseguir distinguir cores, formas e profundidade, ela não conseguia mais ler (nem mesmo letras ou números isolados), e apresentava uma dificuldade significativa na percepção de figuras propriamente ditas. A Sra. Kallir conseguia identificar características separadamente, mas seu cérebro não tinha capacidade de sintetizar as informações e significar os objetos/figuras corretamente. No livro “Introdução à Psicologia” (2011), Atinkson e Hilgard descrevem a percepção como a resolução dos chamados problemas muito-para-um. Em suma, os autores explicam como vários objetos ou figuras podem ser infinitamente recombinados na mesma situação, deixando o cérebro com a