O NOVO COLONIALISMO
O domínio que o capital monopolista exerce sobre a oferta, faz com que sua reprodução ocorra às ais altas taxas de lucro, ampliando a concentração, ao mesmo tempo em que o aumento da produtividade decorrente da evolução tecnológica acarreta uma redução na demanda de mão-de-obra. A tendência se intensifica com um acentuado crescimento demográfico e com isso o capitalismo esgota sua capacidade de manter o desenvolvimento econômico baseado únicamente nos mercados internos.
Os mercados externos encontravam-se com problemas pois, pois algumas áreas estavam se industrializando e concorrendo com um mercado já encolhido e com práticas de dumping. De forma a manter as taxas de lucro em patamares compensatórios, recorreu-se ao desemprego e à redução das horas de trabalho devido tanto à sobra de capitais como uma retração do mercado externo.
A solução natural para o capitalismo, aparentemente bloqueado, foi a transformação das áreas externas em áreas periféricas da economia-mundo, através do processo denominado imperialismo. Essas novas áreas periféricas deveriam se transformar em fornecedoras de matérias-primas e de mão-de-obra não especializada e também em importadoras de produtos industrializados, de capitais e de excedentes populacionais. Assim o capitalismo poderia recompor o poder de compra das populações centrais, que eram afetadas pelo desemprego e crescimento demográfico.
Os investimentos de capital e o crescimento do setor de comunicações/transportes, transformaram o comércio mundial em multilateral, com os déficits de uma determinada área correspondendo a excedentes em outras. Isso consolidou um padrão de estabelecimento de débitos, característico da concentração do capital monopolista através da prática imperialista. Países de produção primária exportavam para os da área central, obtendo assim divisas para pagar os juros dos investimentos e com os saldos sendo utilizados na importação de industrializados, ou os mais que prováveis débitos,