O novo associativismo e o Terceiro Setor
1. O novo cenário da participação e da organização popular nos anos 90.
No final dos anos 70 e inicio dos anos 80 a organização da população era tema de discussão políticas, isso porque sempre estiveram associados a movimentos sociais e mobilizações populares.
No início dos anos 90 esse tema passou a ser visto como ultrapassado e não sendo suficiente para atingir os objetivos de uma sociedade que se encontra desorganizada. Porém os movimentos são essenciais nas lutas da população, visto como exemplo no meio rural na luta do MST.
Assim nos anos 90 estruturam-se ações a partir de redes associativas composta por atores coletivos remanescentes de alguns movimentos sociais dos anos 80 como ONGs, entidades de classes, órgãos públicos. O próprio poder público passou a incentivar a participação popular e órgãos colegiados.
Sem um entendimento dessas novas formas de representação popular é difícil diferenciar daquelas existentes nos anos 80 que se mostrava clientelista e estimulada pelo próprio poder público.
A maior parte dos movimentos sociais populares iniciou os anos 90 despreparados diante da nova conjuntura das políticas sociais estatais em parceria com as entidades da sociedade civil e o Estado.
Num contexto de escassez de recursos de toda ordem, a nova conjuntura econômica levou a revisão geral das políticas e das formas de atuação das organizações populares, desde seus planos de ação até o perfil de seus quadros, de pessoal direto e de apoio, assim como a revisão de sua infraestrutura, causando assim uma semi-paralisação nos movimentos sociais nos anos 90.
As elites tradicionais aproveitaram para desqualificá-lo ainda mais afirmando que são passivos não modernos e cheios de utopias.
Nos anos 90 os campos de lutas sociais se tornaram mais complexos, uma vez que o diálogo e as negociações não apresentavam resultados pois as partes não estão em condições de igualdade no processo. É o caso da luta pela terra no campo.
Nos anos