O novo acordo ortográfico
Conheceremos a seguir o Novo Acordo Ortográfico, veremos como surgiu o projeto de unificar os países de língua oficial portuguesa e a trajetória até o acordo ser assinado, os prós e os contras, quais as mudanças no português do Brasil no alfabeto e na escrita.
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
COMO SURGIU
A língua portuguesa, que, com cerca de 210 milhões de falantes, é a 5ª língua mais falada no mundo, e a 3ª no ocidente, era dividida por duas grafias oficiais diferentes, que davam origem ao Português de Portugal, usada em Portugal e nos demais países de língua portuguesa, e ao Português do Brasil, exclusividade do Brasil. Isso dificultaria a pretensão de se incluir a língua portuguesa como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, o objetivo é tornar a língua portuguesa mais forte, facilitando o intercâmbio cultural entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)
Em maio de 1986, os representantes dos sete países que usam o português como língua oficial, se reuniram no Rio de Janeiro, na Academia Brasileira de Letras, dando início aos trabalhos que tinham com o objetivo criar uma ortografia unificada para a Língua Portuguesa. Desse encontro resultaram as bases do Novo Acordo da Língua Portuguesa, cujo texto foi publicado no mesmo ano.
Entretanto, foram necessárias algumas alterações e correções, que deram origem ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que foi assinado em Lisboa, Portugal, no dia 16 de dezembro de 1990, não só por representantes de Brasil e Portugal, mas também de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Segundo o Acordo Ortográfico original, as mudanças entrariam em vigor no dia 1º de Janeiro de 1994, quando todos os países envolvidos já deveriam ter ratificado a reforma.
Entretanto, apenas Brasil, Portugal e Cabo Verde ratificaram o acordo a tempo e, assim, a reforma não entrou em vigor.