O nome da rosa
2.1. Introdução
Devido à relativa juventude do turismo como atividade socioeconômica em geral e a seu complexo caráter multidisciplinar (o turismo engloba uma grande variedade de setores econômicos e de disciplinas acadêmicas), há uma ausência de definições conceituais claras que delimitem a atividade turística e a distingam de outros setores.
Existe um amplo debate acadêmico sobre o que é exatamente o turismo, que elementos o compõem e quem deve ser considerado turista, o que originou múltiplas definições, cada uma delas destacando diferentes aspectos da mesma atividade. Nesse sentido, cabe afirmar que não existe definição correta ou incorreta, uma vez que todas contribuem de alguma maneira para aprofundar o entendimento de turismo.
No entanto, é necessário criar um marco conceitual que atue como ponto de referência para que, entre outras coisas, se possa elaborar boas estatísticas turísticas internacionais, pois, com a grande pluralidade de sistemas estatísticos que existem atualmente, torna-se difícil expressar a importância da atividade turística em toda sua amplitude.
Efetivamente, existem problemas de comparabilidade e qualidade nas estatísticas disponíveis, mesmo quando elas são valiosíssimas na hora de comercializar e desenvolver um produto turístico, de medir os impactos do turismo ou de analisar dados relacionados a outras indústrias e grupos de interesses.
Ainda que fosse aconselhável que todos os países elaborassem suas estatísticas baseando-se nos mesmos princípios, a realidade é bem diferente. Existem países com múltiplas fontes de dados turísticos, cada uma com seu conceito sobre turismo e sua definição (assim alguns países refletem, em suas estatísticas, os pernoites, outro as entradas, etc.) e existem aqueles nos quais não foi desenvolvido nenhum sistema oficial de estatísticas turísticas.
Tendo que o turismo representa um enorme potencial de desenvolvimento e progresso para o futuro, se faz cada vez mais