O mundo do trabalho na sociedade romana
Roma Antiga
Assim como na Grécia, em Roma a escravidão foi praticada por vários séculos. Na Península Itálica, no final do século III a.C., havia grandes massas de escravos, mas foi a partir do século I a.C. que generalizou- se a escravidão. A escravidão provinha principalmente dos prisioneiros de guerras, resultado das conquistas realizadas por Roma a partir de meados do século
III a.C., como as Guerra Púnicas (Roma contra Cartago).
Os romanos diferenciavam os escravos de acordo com o trabalho que realizavam. Os escravos destinados ao trabalho no campo integravam à família rústica, pesava sobre eles severa disciplina, submetidos às ordens do vilicus (feitor, arrendatário). No ano 160 a.C., Marcus Porcius Cato, também chamado de Catão, o Velho (243-143 a.C.), recomendava que sobrecarregasse os escravos com os serviços, sem importar-se com o tempo ou dias de feriado, pois a produção agrícola constituía-se na base econômica da sociedade romana. Nas cidades romanas, os escravos pertencentes aos ricos senadores ou plebeus faziam parte da “família urbana”, dependendo diretamente dos seus senhores ou de outros escravos. Esses escravos desempenhavam serviços domésticos e profissionais, como: arquitetos, músicos e gramáticos. Os escravos também desenvolviam serviços como: nas pedreiras, fábricas de tijolos e nos moinhos. Sendo assim, os romanos distinguiam os escravos entre especializados em determinados ofícios e os escravos de serviços mais penosos. Merecem destaque alguns aspectos do direito romano, em relação à condição dos escravos. Estes não tinham direito de contrair matrimônio legítimo, a união entre escravo e escrava era o contubernium, ou seja, não reconhecida legalmente. Os filhos de escravos pertenciam ao senhor. Portanto, os escravos eram vistos como “coisa”, ou um instrumento – instrumentum vocale, um grau acima do gado, considerados instrumentum semi- vocale –, isto é, propriedades de um senhor.
O escravo romano