Apesar dos avanços, os quais não cito a todos, a Nova LDB ainda tida por Demo como tradicionalista, o que reflete que para a elite interessa em certa medida, a ignorância da população, como tática de manutenção do status quo, e, é nesse infeliz interesse que continuam os ranços da Lei 9394/96, que infelizmente é portadora de terminologias arcaicas e obsoletas fazendo uma verdadeira salada em seus incisos ao usar as palavras educação e ensino, desconsiderando que a aprendizagem legítima propõe, ao lado do esforço reconstrutivo do aluno que precisa pesquisar, elaborar, reconstruir conhecimento com qualidade formal e política, num ambiente humano favorável no qual se destaca o papel do professor. (Vygotsky 1989 In: Demo p.69). Não existe aquisição de habilidades como proposto pela LDB, segundo teóricos; a frase "aquisição de conhecimentos e habilidades", nem se quer serve para ser usada como metáfora, porque representa uma conotação inadequada na teoria e na prática. A verdadeira noção de educação se perde nos caminhos do mero ensino e o pior é que o mesmo ocorre ainda no nível superior, onde também se tenta formar meros profissionais aquisitores de conhecimento e não construtores do mesmo, pois, segundo Demo a Nova LDB não aponta para a relevância educativa da pesquisa que é a mola mestra da universalidade onde a educação Superior não pode restringir-se ao "desejo" de apenas adquirir conhecimentos repassados de outras gerações e também não deve estar preso à difusão cultural como se isso fosse a coisa essencial. Sem falar na inferência que é feita em relação ao período de 200 dias letivos de aulas e na obrigatoriedade da freqüência de alunos e professores como garantia de aprendizado esquecendo que "a realidade já mostraria o contrário: aluno que perde aula não perde nada. Porquanto tem coisa muito mais decisiva a fazer na vida, que é pesquisar, formar-se propedeuticamente, elaborar com mão própria, etc." (Demo p.80). Infelizmente, enquanto