O mundo da astrologia - resumo do item: experiências e trajetórias
No discorrer de sua tese, Vilhena depara-se com algumas teorias observadas de acordo com o comportamento dos estudantes de astrologia, inseridos nos grupos que foram seus principais acessos ao meio. Entre elas, destacam-se três temas: esoterismo, sincretismo, além de vários sistemas divinatórios que a maioria dos entrevistados demonstravam interesse por pelo menos um deles. Verifica ainda que, geralmente os informantes consideravam as formas de autoconhecimento e, quanto à religião, aparentemente havia tolerância entre as manifestações.
Entretanto, a astrologia freqüentemente era comparada à religião e à psicanálise obtendo, a partir disto, a oportunidade de conhecer defeitos e potencialidades por parte daqueles que a praticam, visando o aperfeiçoamento pessoal. Demonstra, como proposto por Arroyo na obra consultada pelo autor, a proximidade com a psicologia. Vilhena ressalta que entre astrologia e psicanálise ou terapia psicológica, há uma particularidade, visto que, algumas pessoas como Beatriz (uma das entrevistadas), acreditavam na astrologia como “ciência sagrada” por difundir ciência e magia.
Considera, portanto, a astrologia como intermediária entre tais pontos, relacionando aspectos individuais e sagrados.
Dentre tais suposições teóricas, Vilhena percebe também que os astrólogos, consultados pelos informantes, eram escolhidos de acordo com seus interesses; como é citado no exemplo em que políticos e empresários preferem aqueles que abordam uma astrologia mais pragmática e utilitária.
No entanto, a experiência astrológica pode ter diferentes significados, dependendo da finalidade para que é procurada.