O Movimento LGBT
O movimento brasileiro nasce no final dos anos 1970, predominantemente formado por homens homossexuais. Mas logo nos primeiros anos de atividade, as lésbicas começam a se afirmar como sujeito político relativamente autônomo; e nos anos 1990, travestis e depois transexuais passam a participar de modo mais orgânico. No início dos anos 2000, são os e as bissexuais que começam a se fazer visíveis e a cobrar o reconhecimento do movimento.
As décadas de 1960 e 1970 marcam uma crescente visibilidade e radicalização desse movimento, caracterizadas por um discurso de autoafirmação e liberação, a exemplo de grupos como Society of Individual Rights, organização homossexual de São Francisco que, pouco a pouco, acabou tomando boa parte do espaço dos movimentos. O grande marco internacional do movimento homossexual, que perdura até hoje, foi a revolta de Stonewall, um bar de frequência homossexual em Nova York. Constantemente abordados pela polícia, os frequentadores do bar partiram para o confronto aberto com os policiais em 28 de junho de 1969, data que se internacionalizou como o "Dia do Orgulho Gay".
No Brasil, no final dos anos de 1960 e começo dos anos de 1970, foi marcado pela ditadura militar e com isso as revoltas e lutar de todos os movimentos sociais foram marcados por repressão, coesão e violência por parte da polícia para com os manifestantes. Mas os manifestantes de esquerda lutavam de frente com a ditadura. Foi então na metade dos anos 1970 que o movimento homossexual, como o Somos - Grupo de Afirmação Homossexual, de São Paulo, teve