O movimento ingl s Arts and Crafts
Todo o século XIX assistirá a uma série de crises estéticas que se traduzem nos movimentos chamados revivalistas: ou pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos específicos, os arquitetos do período viam na cópia da arquitetura do passado e no estudo de seus cânones e tratados uma linguagem estética legítima de ser trabalhada.
O primeiro destes movimentos foi o já citado neoclássico, mas ele também vai se manifestar na arquitetura neogótica inglesa, profundamente associada aos ideais românticos nacionalistas. Os esforços revivalistas que aconteceram principalmente na Alemanha, França, Inglaterra, por razões especialmente ideológicas, viriam mais tarde a se transformar em um mero conjunto de repertórios formais e tipológicos diversos, que evoluiriam para o ecletismo, considerado por muitos como o mais decadente e formalista entre todos os estilos históricos.
A primeira tentativa de resposta à questão tradição x industrialização (ou entre as artes e os ofícios) se deu pelo pensamento dos românticos John Ruskin e William Morris, proponentes de um movimento estético que ficou conhecido justamente por Arts & crafts.
3. O movimento inglês Arts and Crafts
A partir de 1880, surgiram na Grã-Bretanha diversas organizações e oficinas dedicadas a produzir artefatos em escala artesanal ou semiartesanal, dentro do que se entende por movimento das Artes e Ofícios (Arts e Crafts).
A base da estética moral do Arts and Crafts foi criada pelo arquiteto e teórico A.W.N. Pugin (1812-1852), que em seus livros deixou a herança que deu origem ao movimento.
Esse movimento defendia o artesanato como alternativa à mecanização e à produção em massa industrial. Queria acabar com a distinção entre artesão e artista, reunificar o papel do artista e artesão como acontecia na Idade Média, sendo as três regras básicas que deveriam ser seguidas pela nova