O movimento estudantil no Brasil
"Foi uma geração generosa, que deu a vida pela causa e o respeito pelo ser humano contra a repressão. O sentimento comum que existia em todas as manifestações era contra a guerra do Vietnã. Todos são contra", afirmou a professora.
Na década de 60, países latino-americanos como Argentina, Chile, México e Brasil enfrentavam o regime militar. Mas, segundo Maria Aparecida, não houve relação entre os movimentos estudantis deflagrados em 1968.
"O movimento estudantil é uma onda que vai e passa por vários países. Mas não dá pra dizer que existia uma relação entre eles", disse.
Segundo Maria Aparecida, enquanto que na França a luta dos estudantes não tem motivação política, no Brasil o movimento estudantil luta contra a ditadura imposta pelos militares. Os franceses reivindicavam melhores condições de ensino, com ideais libertários contra a tradição da sociedade burguesa da época.
No Brasil, o início do movimento estudantil foi marcado pelo assassinato do estudante Edson Luiz, em 28 de março de 1968, no Rio de Janeiro. A morte provocou manifestações em todo o país contra a opressão do regime militar.
Ao contrário dos jovens franceses, que não tinham ligação com partidos políticos, os brasileiros eram em sua maioria dissidentes do PCB, fiéis ao marxismo e organizados. Tinham como objetivo tomar o poder por meio da revolução armada.
Mas a repressão imposta pelos militares resultou em prisões, torturas, mortes, desaparecidos e culminou com o AI-5 (Ato Institucional), que pois fim à liberdade de expressão dos jovens.
No México, que também vivia sob o regime militar, o movimento estudantil teve uma