O morto no Egito antigo
Ao estudarmos a morte na sociedade egípcia temos que perceber a relação que há entre os vivos e os mortos de modo que as boas ações e a condição de vida que o morto teve vão influenciar de modo significativo na sua salvação na vida pós-morte. O autor Donadoni, vai argumentar que o que ocasionou o encontro dos restos dos mortos no Egito, foi o lugar onde foram enterrados, pois como sabemos os cemitério eram situados no deserto, longe das zonas inundadas pelo Rio Nilo. Outro fator que também ajudou na conservação dos corpos foi o clima que possuía uma temperatura mediana. Como sabemos a sociedade egípcia se preocupava com a vida após a morte, pois, segundo seus escritos, seu coração seria posto em uma balança a fim de medir seu nível de bondade e cumprimento das obrigações egípcias. Nesse caso era importante enquanto vivo obedecer e adorar os deuses e cumprir com suas obrigações. Além disso era necessário levar para o tumulo, reservas no intuito de suprir suas necessidades quando estivesse no mundo dos mortos.
O vivo, enquanto futuro morto destina uma parte das suas disponibilidades para satisfazer as suas futuras necessidades perpetuas, representadas pelas oferendas de vários tipos que, em inúmeras ocasiões, deveram afluir ao seu tumulo. ( DONADONI, PP 223)
Quando uma pessoa morria, a família deveria ter cuidado pra manter o tumulo de acordo com as normas isso por causa da troca de sentimentos depois da morte. O mel por exemplo era doce para os vivos e amargo para os mortos, também era de responsabilidade da família não deixa o morto tomar sua urina entre outras coisas que mudava quando o sujeito morria. A sobrevivência era vista pelos egípcios como algo mitológico e humano, de modo que o tempo todo e por toda a vida eles buscaram sua redenção praticando boas obras e juntando reservas para levar para o tumulo. Em relação aos túmulos é importante percebermos