O mormo
Essa enfermidade foi considerada durante séculos como problema mundial em equídeos, a doença é endêmica em parte do Oriente Médio, Ásia, África e América do Sul. Entre 1998-2007, casos da doença foram registrados na Turquia, antiga União Soviética, Eritréia, Etiópia, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Mongólia e Brasil. No período entre 1968 e 2000 não houve qualquer registro oficial da doença em território brasileiro, sendo considerada extinta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em nosso País, foi notificada oficialmente nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Piauí e Maranhão, tanto em equinos quanto em muares.
O mormo é transmitido pelo contato com exsudatos da pele e secreções respiratórias de equídeos infectados. Esses animais, usualmente, infectam-se quando ingerem água ou alimento contaminado pela B. mallei. A bactéria pode ser disseminada por aerossóis e a penetração, através de abrasões da pele e mucosas. Os carnívoros normalmente infectam-se pela ingestão de carnes contaminadas. A B. mallei é disseminada por meio de fômites contaminados, incluindo arreios, sela, equipamentos de limpeza, comedouros e bebedouros, entre outros.
O ser humano, normalmente, infecta-se pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. A transmissão ocorre por meio de pequenas feridas e abrasões na pele. A infecção pode acontecer também por ingestão ou inalação. Há relatos de infecção em laboratoristas8, transmissão pessoa a pessoa