O Monitoramento Arqueológico na Cidade de Santos.
Marcelo Brito, no seu Seminário Internacional sobre Reabilitação Urbana dos Sítios Históricos, afirma, embasado nos dados fornecidos pelo IBGE, que o “Brasil é um país urbano, onde 80% da população vive nas cidades... o que ocasionou numa crescente agressão ambiental” ( Brito, 2003:01)
A veracidade deste fato indica que, conciliar o novo com o antigo, é em alguns casos uma dificuldade, principalmente quando o imediatismo econômico se torna mais “importante” para a comunidade, do que a preservação da memória local.
Visando conciliar os interesses econômicos e científicos, buscamos na prática da arqueologia-histórica, uma possibilidade de união entre, o constante crescimento urbano e o resgate do patrimônio cultural. Para melhor entendermos a ação arqueológica, precisamos compreender, o que de fato faz a arqueologia e consequentemente, como trabalha a arqueologia denominada de arqueologia histórica, suas teorias, objetivos e métodos, para depois avaliarmos a eficácia do monitoramento nas obras civis e o quanto ela contribui na reconstituição do passado.
A arqueologia é uma ciência humana, tendo como sua principal fonte de estudo a cultura material. Ela ocupa-se em conhecer com profundidade a herança cultural dos povos, ultrapassando a visão do estudo do objeto arqueológico pelo objeto arqueológico e se preocupa em entender o homem que se encontra atrás dele. ( Zamora, 1990 in Andrade 19-- ) ou como diz Hodder:
“O saber arqueológico seja antes de tudo, uma ciência social com discurso e metodologia própria, que busca, portanto, como objetivo central a compreensão do sistema social” ( Hodder, 1998: 209 )
Para melhor entender o homem, a ciência ocupa-se de seu meio de interação, correlacionando-o ao tempo e ao espaço e a capacidade de integração com o ambiente. Buscamos respostas nos testemunhos materiais, almejando alcançar uma leitura do passado nos achados presentes.
Segundo Dickens, a