O monge e o executivo

614 palavras 3 páginas
As pessoas desejam mais do que salário ao fim do mês. Querem alinhar seu trabalho com valores mais profundos, fazendo dele caminho para a realização pessoal e espiritual.

Este é o título do livro do momento no mundo corporativo, escrito pelo consultor norte-americano James Hunter e com mais de 100 mil exemplares vendidos no Brasil. Ele conta a história de um executivo que busca respostas para seus problemas pessoais e profissionais num mosteiro beneditino. Publicado em 1998 com o título original The servant ("O servo"), o livro defende que "liderar é servir" e deu origem a um outro livro, ainda não publicado em português, cujo título seria algo como "O mais poderoso princípio de liderança: como se tornar um líder servidor".

O fenômeno foi capa da revista Você S.A. no mês de abril, que aborda o tema "Seja o líder que as empresas precisam". Ali, o líder é apontado como alguém ético, que serve à equipe em vez de ser servido. Segundo a reportagem, ele coopera com os colegas, não tem vergonha de dizer que precisa da equipe para crescer e, pasmem, é espiritualizado. O que chama a atenção é a distinção que se faz entre religiosidade e espiritualidade, esta última definida como capacidade de pensar, sentir e agir com base na crença de que existe algo maior do que os aspectos materiais. "É uma postura de vida, não envolve rituais", diz o texto; "tem elementos comuns a todas as religiões, como amor, esperança, liberdade, igualdade".

James Hunter é entrevistado e contribui com algumas pérolas baseadas no modelo de liderança de Jesus. Por exemplo: "As pessoas devem seguir você de livre e espontânea vontade. Isso significa liderar baseado na autoridade, e não no poder", e também que "muitas vezes as organizações usam apenas as pernas, braços e mãos dos funcionários. Nesse caso, a empresa conta com eles do pescoço para baixo. Para ser bem sucedida, é preciso contar com os funcionários do pescoço para cima".

O trecho que mais gostamos trata da relação de amor no

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