O monaquismo
Monaquismo, é um modo de vida praticado por pessoas que tenham abandonado o mundo por motivos religiosos e dedicam as suas vidas, separadamente ou em comunidade, a perfeição espiritual. A palavra “monaquismo” vem do grego monachism = aquele que está só, designa uma forma de vida cristã totalmente consagrada a Deus no retiro, no silêncio, na oração, na penitência e no trabalho. A esta palavra associa-se uma outra, “monge”, que deriva do grego monos (único, só). Baseadamente, designa aquele que vive solitário, que dedica a sua vida ao serviço de Deus, dedicação essa assumida livremente e que pressupõe o cumprimento das normas estabelecidas numa Regra, baseando-se sempre nos conceitos de castidade, pobreza e obediência. Embora tenha assumido formas diferentes, o Monaquismo tem sido uma constante na vida de várias religiões, à partida completamente distintas, revelando-se acima de tudo como "algo universal e inseparável à condição dos fiéis que pretendem desenvolver a sua vida espiritual no sentido da perfeição".
Origem do Monaquismo
Houve formas de monaquismo pré-cristão na Índia, na Palestina, no Egipto, na Siria, etc. O monaquismo cristão tem apoios imediatos no próprio Evangelho, onde Deus aconselha a deixar tudo e seguir incondicionalmente Cristo. Acredita-se, com base no testemunho de S. Paulo, que nas primeiras décadas do Cristianismo havia homens e mulheres que se privavam do casamento para se poderem consagrar completamente ao reino de Deus.
No século III essa modalidade de vida espiritual tomou a forma eremítica, os cristãos retiravam-se para o deserto, tendo como modelo S. Antão, este é considerado o “Patriarca do Monaquismo”, filho de família rica, ouviu o apelo do Senhor proclamando na Igreja e resolveu deixar tudo, afastando-se para o deserto do Egipto.
A vida eremítica teve revelações de grande generosidade: os monges viviam em silêncio, a trabalhar na confecção de cordames, cestas, esteiras e dedicavam longas horas à oração.