O modo de navegação social
A MALANDRAGEM E O “JEITINHO”
Traduzindo as palavras do autor o jeitinho, em questão, não é outro senão aquele que buscamos para contornar algum imperativo legal, ou mesmo de ordem moral. Por ser tão assimilado em nossa sociedade, já deixamos transparecer em outros países essa nossa característica de apelarmos, nas horas difíceis, para o famoso jeitinho brasileiro. Ao estacionar o carro em local proibido, ao furar a fila em algum banco, ou mesmo para adquirir um emprego sem passar por todas as formalidades previamente anunciadas, eis que surge o jeitinho.
Aparentemente inocente mas, em todos os casos, a essência é a mesma: burlar o estabelecido, passar por cima da lei, auferir privilégios e benefícios. Mas esse mesmo jetinho que nós temos de superar as injustiças diárias, é o responsável pela corrupção que existe no Brasil. O corrupto só é corrupto porque aprendeu a ser, ninguém nasce corrupto em um sistema social que existe o mínimo de ética ou que exista pelo menos no papel para diminuir as injustiças sociais, mas quando crescemos vendo exemplos desse “jeitinho brasileiro”, e das “gambiarras” que o brasileiro faz, também passamos a usar desse jeitinho algum dia para nos beneficiar. Se pararmos para analisar durante o dia, veremos que muitas vezes buscamos nos beneficiar de uma forma tão espontanea que é comparável ao instinto natural.
Realmente é um instinto natural, que temos como base a “escola Brasil” para aprendermos. O problema não é buscar se beneficiar para melhorar sua condição de vida ou saúde por exemplo, o problema é quando esse instinto de sobrevivencia do brasileiro, é feito naturalmente sem passar pelo cunho da ética e acaba ignorando leis, desrepeitando pessoas, prejudicando milhares de pessoas somente para se beneficiar.
A malandragem já é a maneira profissional de botar o jeitinho em prática, e o malandro é o expert nesse quesito, pois é uma espécie de profissional em levar uma boa vida, usando