O modo de navegação social: a malandragem e o jeitinho
Em comparações com outras sociedades como a europeia e norte-americana, onde as regras são obedecidas ou não existe, tanto que o brasileiro acha um absurdo lógico e ao mesmo tempo fica fascinado pela disciplina existente nestas sociedades.
Damatta explica claramente sobre o “jeito”, que é um modo simpático, desesperado ou humano de relacionar o impessoal com o pessoal – ou no caso – permitir juntar um problema pessoal (atraso, falta de dinheiro, ignorância das leis por falta de divulgação, etc.) com um problema impessoal. Destaca na forma clássica do “jeitinho”, uma forma de conciliar todos os interesse de duas partes, criando uma relação aceitável entre ambos, sendo uma das motivações são quando descobrem algum em comum, como relação pessoal, de regionalidade, de gostos, da religião e outros fatores externos daquela situação que provoque uma resolução satisfatória ou menos injusta.
Outra forma do “jeitinho” é a utilização do argumento de superioridade, com a famosa frase: “Você sabe com quem está falando?”, que diferente da forma clássica do jeitinho, não busca a igualdade simpática, sim pela forma da hierarquização inapelável entre partes.
Outro grande destaque é a malandragem, que é um dos profissionais do “jeitinho” e da arte de sobreviver nas situações mais difíceis, utilizando de “histórias” para tirar algo partido de diversas situações vividas pelo malandro, e a malandragem é um modo ambíguo de burlar as leis e as normais sociais mais gerais, sendo que o malandro é um personagem nacional, pois o mesmo vive do momento em que acha que a lei pode ser esquecida ou burlada com classe ou jeito.
Temos a figura do despachante em nossa sociedade, que é um especialista entre entrar em contato com as repartições oficiais para a