O Modernismo e outros ismos
Modernismo foi uma corrente multidimensional que marcou a 1º metade do século XX. Foi um romper a todos os níveis, a necessidade de renovar de reinventar levou á alteração de todos os conceitos até então estabelecidos. A ciência, a filosofia, a literatura e as artes, foram os grandes espelhos desta ruptura. CONTEXTO ARTÍSTICO-CULTURAL
A ciência vive uma revolução pelo austríaco Freud e o alemão Einstein. Freud cria a Psicanálise, uma ciência que demonstra e explora a complexidade do Homem a partir do inconsciente, a importância da sexualidade, bem como o significado dos sonhos. Já o físico Einstein, coloca em causa a maior parte do conhecimento científico, que era definido como inquestionável, com a criação da teoria da relatividade.
FUTURISMO
Com o Manifesto Futurista, em 1909, do poeta e ideólogo fascista Marinetti, o Futurismo surge em Itália, inicialmente na literatura até se estender às artes plásticas, à arquitectura, à música e ao cinema. O próprio Marinetti, que a nível político foi um militante do Partido Nacional Fascista, afirmou que a ideologia do partido estava presente no Futurismo. O Futurismo rejeitava o moralismo e o passado, tendo como base a velocidade e o desenvolvimento tecnológico dos finais do século XIX. Foi o mais radical movimento italiano, pois reforçava a era mecânica, bem como a exaltação da guerra e da violência. Este movimento recusa a harmonia, o geometrismo do cubismo, como o sensualismo das cores fauvistas. Em Portugal, o Futurismo tem impacto com a geração de Orpheu. Os escritores Sá-Carneiro e Álvaro de Campos revelaram influências com alguns textos, nomeadamente, Ode Marítima. O artista Santa-Rita, que introduziu o Futurismo, teve grande apoio de Almada Negreiros, com a I Conferência Futurista.
INTERSECCIONISMO
Jacinto Prado Coelho, no Dicionário de Literatura, descreve o Interseccionismo como um processo modernista paralelo às sobreposições da pintura futurista. Surge na literatura pela mão de Fernando