O Modelo Teórico do Agir Comunicacional
Jürgen Habermas é um dos remanescentes da Escola de Frankfurt, sua produção é orientada por uma teoria que ele próprio denominou “ciência social crítica”.
Habermas propõe uma teoria da comunicação como uma teoria crítica da sociedade, de modo que a ação comunicativa entre os interlocutores sociais é analisada segundo suas relações. A teoria crítica da sociedade funcionaria como uma teoria do comportamento, uma fase preparatória e indispensável, um conjunto de regras morais para a vida, que afirmam a infra-estrutura da linguagem humana, do conhecer, do agir e da cultura.
O conceito agir comunicativo ou comunicacional corresponde às "ações orientadas para o entendimento mútuo", em que o ator social inicia o processo circular da comunicação e é produto dos processos de socialização que o formam, em vista da compreensão mútua e consensual. Paralelamente, o conceito agir estratégico compreende as práticas individualistas em certas condições sociais, ou a utilização política de uma força, ou as "ações orientadas pelo interesse para o sucesso".
Para Habermas a linguagem serve como garantia da democracia, uma vez que a própria democracia pressupõe a compreensão de interesses mútuos e o alcance de um consenso. Contudo, para que a linguagem assuma este papel democrático, no pensamento habermasiano é necessário que a comunicação seja clara. Para ele, a distorção de palavras e de sua compreensão impede uma comunicação efetiva, o consenso e, portanto, a prática efetiva da democracia.
Destacam-se três idéias fundamentais seguidas por Habermas:
a) Teoria da Ação Comunicativa;
b) A defesa da existência de uma esfera pública, na qual os cidadãos, livres de domínio político, podem expor idéias e discutí-las – Habermas, contudo, destaca que a mídia exerce influência no sentido de diminuir este espaço;
c) A idéia de que as ciências naturais seguem uma lógica objetiva, enquanto as ciências humanas – uma vez que a sociedade e a cultura são