O MO O LOIRO
O MOÇO LOIRO
O moço loiro foi lançado em 1845, ano em que aceitaria o cargo de professor no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, onde passaria a ter contato direto com poetas como Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães, os quais o aproximariam de questões sociais que o fariam ingressar, posteriormente, na vida política.
O livro é um sensível retrato da sociedade burguesa da antiga capital federal, no século XIX, criticada discretamente pelo autor, que faz do romance um discurso sobre o amor idealizado e, portanto, livre do contato com a realidade, representado nas figuras de Honorina e do herói que dá nome ao livro. Daí segue toda a trama, que, mesmo sendo um retrato social, não se aprofunda em questões políticas ou psicológicas. Apesar dos conflitos existenciais, seus personagens são superficiais, pouco complexos, restringindo-se a pequenos dilemas éticos, com exceção talvez da viúva Lucrécia, metáfora da hipocrisia social de seu tempo. As reflexões encontradas na narrativa são ingênuas, expostas em linguagem simples e, por vezes, demasiadamente explicativas.
TEMPO E ESPAÇO: Espaço: casa da família Mendonça.
Tempo: século XIX
O MOÇO LOIRO
de Joaquim Manuel de Macedo
Personagens:
Honorina: romântica, linda e ingênua. Devido à educação rígida que recebera da avó, começou tarde a frequentar a sociedade.
Moço Loiro: personagem misterioso, onipresente, onisciente.
Lauro: acusado de ter roubado uma relíquia da família Mendonça, é expulso de casa e promete voltar para provar a sua inocência.
Raquel: amiga de Honorina, educada com liberalismo, descrente do amor até que se apaixona pelo Moço Loiro.
Hugo de Mendonça: pai de Honorina, pessoa rica que se vê às voltas com a falência, mas nem por isso influi na felicidade da filha.