O mito de prometeu
Michel Serres defende a ideia de que a ciência, do ponto de vista técnico, não pensa. Desta forma, ele defende que a ciência em sua época não se passava da aplicação da técnica sem a discussão sobre as consequências e a reflexão ou o questionamento das definições e técnicas tradicionais. Ele dizia que não se pode explicar o que é ciência utilizando a própria ciência.
O mito de prometeu serve de ilustração para a teoria de Michel Serres. Neste mito, o homem foi criado com inúmeras desvantagens em relação às outras espécies. Desta forma o homem não seria capaz de sobreviver no mundo. Com o intuito de que a espécie não fosse dizimada, foi dado ao homem às técnicas de arte e manipulação do fogo. Desta maneira acreditava-se que eles seriam capazes de sobreviver, porem, o homem não possuía o saber politico, assim sendo incapaz de viver em sociedade, o que estava levando a eliminação da espécie. Para evitar que fossem destruídos, foi dado a todo homem a arte da politica, para que pudessem sobreviver em conjunto.
De fato junto com a arte da politica o homem ganhou um senso critico que o permitiu distinguir o que seria melhor para o todo e a maneira mais inteligente de aplicar suas técnicas.
Este senso crítico é o pensamento filosófico, que segundo Michel Serres, esteve presente na ciência em poucas ocasiões na historia, como por exemplo, na teoria da relatividade de Albert Einstein. A filosofia como senso crítico e reflexivo e necessário para a ciência, pois sem este senso critico e reflexivo e impossível prever as consequências da aplicação das técnicas da ciência, na sociedade