O mito de che
FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE NAZARÉ DA MATA – FFPNM
Pedro Alexandre Batista Fernandes
Professora: Kalina Vanderlei
Disciplina: Améria III
O Mito de Che
2011 Ao executar Che Guevara em 9 de outubro de 1967, o exército boliviano colocou um ponto final na trajetória revolucionária do jovem médico argentino que alcançou seu maior trunfo ao lado de Fidel Castro, quando sufocou Cuba em 1959 e tirou Fulgencio Batista do poder. Che morreu moribundo, sujo, sozinho, com fome e doente Naquele dia, o exército boliviano matou o homem, mas deu vida a seu mito.
Imortalizado por uma imagem, a famosa foto de Alberto Korda, o mito Che Guevara atravessou quatro décadas, ainda que a percepção imaginária sobre ele tenha passado por diferentes releituras. Por ironia, Che alcançou status de mito até mesmo nos Estados Unidos, país com o qual o comandante nutria sérias divergências ideológicas. Em 1968, uma pesquisa mostrou que ele era o personagem histórico com o qual os universitários norte-americanos mais se identificavam. De acordo com Castañeda (2006).
O estilo voluntarioso e os pensamentos de Che não impregnaram apenas boa parte da juventude dos Estados Unidos, mas também da Europa e da América Latina. Na época, jovens passaram a manifestar solidariedade ao Vietnã ou a Cuba. Castañeda chega a denominar aqueles anos de “a geração Che Guevara”.
Talvez o fato de não ter conseguido libertar a América Latina do “império norte-americano”, sua grande obsessão, tenha contribuído para a construção do personagem revolucionário. Mas segundo Castañeda, foi a morte que deu a Che Guevara o significado de sua vida, e sua vida a seu mito.
“Se o comandante não fosse executado [...]teria igualmente realizado proezas épicas e gloriosos feitos, mas seu rosto não estaria hoje em tantos milhões de paredes e peitos. Caso o governo boliviano o tivesse indulta do, ou a CIA lhe salvasse a vida, a contribuição de Che a sua causa