O mito da motivação
Por Earnest R. Archer
A tarefa de induzir comportamento positivo deverá tornar-se mais fácil, caso o verdadeiro relacionamento entre motivação, satisfação e comportamento seja claramente compreendido.
Um mito persegue a profissão de administrador - o mito da motivação. No centro deste mito existem cinco interpretações errôneas básicas:
1) a crença de que uma pessoa possa literalmente motivar outra; 2) a crença de que a pessoa é motivada como resultado da satisfação; 3) a crença de que aquilo que motiva o comportamento seja também aquilo que determina sua direção, tanto positiva como negativamente; 4) a crença de que a motivação seja o catalisador que induz comportamentos positivos; e 5) a crença de que fatores de motivação e fatores de satisfação sejam a mesma coisa.
Existe algo de traiçoeiro na idéia de que os motivadores e os fatores de satisfação sejam as mesmas coisas. A verdade é bem o contrário. Um motivo é definido no Webster's como uma necessidade que atua sobre o intelecto, fazendo uma pessoa movimentar-se ou agir. Motivação é definida como uma inclinação para a ação que tem origem em um motivo (necessidade). Um motivador nada mais é do que um motivo - uma necessidade, por definição. Por outro lado, um fator de satisfação é alguma coisa que satisfaz uma necessidade. Satisfação é o atendimento de uma necessidade ou sua eliminação. Dentro do contexto destas definições, um motivador é um fator de satisfação, em lugar de serem a mesma coisa, são a antítese um do outro.
Uma das razões pelas quais o mito da motivação propagou-se tão facilmente diz respeito ao fato de que aquilo que satisfaz uma necessidade humana freqüentemente é visto como a própria necessidade.
Água, por exemplo, é um fator de satisfação de uma necessidade denominada sede; todavia, sempre que a sede é sentida, há uma tendência de encarar a água como a necessidade, em lugar da sede em si mesma. Isto