O mito da caverna
Naquela circunstância era natural para os prisioneiros supor que as sombras e ecos eram toda a realidade que existia e também a única experiência deles naquela caverna.
Tudo que podiam ver até aquele momento era a parede a sua frente.
Um desses prisioneiros se liberta das correntes e contempla a realidade fora da caverna, chegando à luz do dia, num primeiro momento ele não as consegue captar na totalidade, vendo apenas vultos à sua frente, devido a luz do sol. Logo após, persistindo em seu olhar, ele consegue ver os objetos na sua integralidade, com os seus perfis bem definidos. Após essa grande descoberta ele, “o filósofo” deve retornar a caverna para libertar seus companheiros, e orientá-los a respeito das sombras da ignorância e dos preconceitos.
Uns dos objetivos do mito são narrativas utilizadas pelos povos antigos para explicar os fatos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles[1].
Dessa forma o filósofo é vai transmitir conhecimento e explicar fatos que ninguém havia explicado, e fazer com que os outros indivíduos que estavam nas profundezas da caverna enxerguem o mundo que está além daquelas sombras.
Deriva daí a segunda interpretação do mito da caverna, que resulta da dimensão política surgida da pergunta: Como influenciar os homens que não vêem? Cabe ao sábio ensinar e dirigir.[2]
O modo de começar a compreender O MITO DA CAVERNA, é nos ver a nós, seres humanos aprisionados em nossos próprios corpos, tendo por companhia apenas prisioneiros iguais a nós, e todos nós incapazes de discernir aos seres reais um do outro, ou ao menos nosso ser real. Nossa