O mito da caverna
O Mito da Caverna conta a história de prisioneiros que viviam acorrentados em uma caverna, estes ficavam de frente para a parede, nesta viam sombras do mundo exterior. As sombras eram interpretadas como a realidade por aqueles homens, já que era a única coisa que viam. Observavam as sombras de outros homens, ouviam suas vozes, viam animais e objetos diferentes, construíram seus pensamentos a partir daquilo.
Um dia, um dos homens fora libertado, chegando ao mundo exterior ele não conseguia olhar para cima, para o sol, já que sua visão estava muito ofuscada, pois vivera sempre em um lugar mais escuro. Ao passar do tempo, o homem começou a ver as pessoas, os objetos, olhou o reflexo nas águas, o céu e seus astros noturnos. Depois, finalmente, conseguira ver o sol, e entendeu que tudo dependia daquele astro, as estações, que é ele que tudo governa no mundo visível e, de certo modo, a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
O homem que se libertou começou a ver o mundo de uma maneira diferente, deixou de ver as sombras para ver a verdade. Certamente este não aceitaria viver na caverna novamente, pois ficaria cego com a escuridão que ali encontraria. Se o homem livre voltasse para tentar libertar seus companheiros seria morto, pois estes entenderiam que o primeiro ficara cego, que o que havia atrás deles o arruinara.
Entende-se então que “O antro subterrâneo é o mundo visível. O fogo que o ilumina é a luz do sol. O cativo que sobe à região superior e a contempla é a alma que se eleva ao mundo inteligível. Ou, antes, já que o queres saber, é este, pelo menos, o meu modo de pensar, que só Deus sabe se é verdadeiro. Quanto a mim, a coisa é como passo a dizer-te. Nos extremos limites do mundo inteligível está a ideia do bem, a qual só com muito esforço se pode conhecer, mas que, conhecida, se impõe à razão como causa universal de tudo o que é b elo e bom, criadora da luz e do sol no mundo visível, autora da inteligência e da