O mercado e a moral
Segundo o texto, essa inversão de valores que vem ocorrendo tão intensamente se agravou de sobremaneira nas ultimas três décadas, porém os princípios humanos têm sido postos a “negociação” desde muito antes disso.
Vemos na história da religião a venda de indulgencias desde o inicio do século III, quando as autoridades eclesiásticas concediam-nas para redução de penas. A partir de então, passamos a ver uma degradação de princípios naquela que deveria ser a maior “ponte” entre Deus e os homens, chegando ao absurdo da venda de objetos sagrados que nem se quer existiam até a venda de espaço no “Céu” (não que a coisa hoje esteja muito diferente). A situação chegou a tal ponto que se citava o seguinte: "Assim que uma moeda tilinta no cofre, uma alma sai do purgatório" (História. Volume Único. Gislane Campos Azevedo e Reinaldo Seriacopi. Editora Ática. 2007. Pág.: 143.).
Infelizmente, desde os primórdios da sociedade, o homem só vê valor naquilo que pode ser comprado, daí então se veem situações como as citadas no texto que parecem absurdos extremos, mas que retratam a que pé tem andado uma sociedade totalmente comercial. Usar o corpo para propaganda, pagar crianças para que façam aquilo que na verdade deveria estar sendo ensinado com necessidade, são apenas alguns exemplos de como as pessoas são ensinadas a venderem a si mesmas como se nossos corpos e o acumulo de conhecimento pudessem ser avaliados financeiramente.
O comércio hoje não se restringe apenas a objetos e bens de consumo, temos visto nos últimos dias uma supervalorização do “objeto” com relação à vida humana. Estamos vivendo o tempo da