O mercado na visões sociológicas
Houve uma tendência histórica de que a expansão do mercado e do capital esteja em razão direta com a ampliação da esfera de participação do Estado na vida social como um todo.
Essa tendência na verdade é uma assertiva conclusiva de uma análise ainda maior sobre a influência da esfera política na vida material, econômica cotidiana. A condução política da economia nas sociedades modernas (ou melhor, na fase capitalista de produção material) tem sido alvo de grande controvérsia na visão de diversos autores, pois procuram estabelecer certa autonomia entre as esferas citadas ao definir a dinâmica social.
O mercado como lugar central da realização da perspectiva econômica no capitalismo, parece, em nossos tempos, adquirir certa autonomia perante as outras esferas da vida social, ao passo que ao mesmo tempoem que é lugar da materialidade, também o é da subjetividade e elemento da coesão ou desagregação social. Em outros termos, isso significa dizer que a análise da sua dinâmica tem a ver profundamente com a esfera da política, pois dálugar à reprodução das necessidades humanas aos interesses de classe sobrepostos na dinâmica social.
Essas questões, analisadas por diversos autores contemporâneos no campo da
Economia e da Sociologia, parecem ter destaque nos estudos clássicos de Max
Weber e Karl Marx, aos quais pretendemos nos debruçar neste artigo.
Pretendemos observar como esses dois autores trabalharam a questão do mercado na perspectiva sociológica, entendendo seus determinantes e pressupostos bem como a sua relação com a esfera da política em si.