O Medico e o Monstro
INTRODUÇÂO
O autor relata uma história de terror e suspense que aconteceu no ano de 1829, história essa de um medico herdeiro de uma grande fortuna, sendo este de boa aparência e dedicado ao trabalho e ajudar os seus semelhantes, mas que estava em busca de um ideal para se próprio.
Os capítulos e o enredo, com traços de novela policial - um crime, um grande mistério e alguém tentando desvendá-los - se encaixam perfeitamente, de modo que todos os elementos da narrativa se esclarecem somente no desenlace da história.
O conhecimento na condução do enredo, através da forma, se evidencia na combinação entre os capítulos em que há um narrador e os capítulos finais. Esses sendo narrado pelo o próprio JEKYLL, outro por seu amigo LANYON, trazem, cada um, parte do entendimento do mistério. Tal qual um quebra-cabeça. Além disso, permitem a STEVENSON narrar o drama de JEKYLL através de suas próprias palavras, completamente afetadas pelo delírio, medo e angústia da situação-limite que vivia:
“...dentro de meia hora, irei novamente e definitivamente incorporar aquela odiosa personalidade, e antevejo com irei sentar tremendo e chorando em minha cadeira, ou continuar, com o mais desgastado e apavorado êxtase auditivo, a andar de cima para baixo neste quarto (meu último refúgio terreno) e atentar a qualquer som de ameaça”.
Londres era a cidade de todos os vícios, do jogo à prostituição. Essa hipocrisia é um dos temas principais do livro. O doutor JEKYLL, ilustre médico, percebe-se dividido entre duas personalidades, ambas, para ele, completamente verdadeiras. Uma é a do emérito doutor, filantropo respeitado, exemplo de conduta. A outra, reprimida durante toda a sua vida, é a do hedonista, que busca o prazer carnal, que comete crueldades e vilanias, sem responsabilidades. Busca, então, na ciência, maneira de resolver esse impasse. A poção que permite a transmutação entre as personalidades é, ao mesmo tempo, amostra das incríveis possibilidades abertas