O Marxismo posto em Pratica
Edward Palmer Thompson, historiador e pesquisador de teorias marxistas, descreve uma renovação da metodologia marxista, focando seus estudos para a prática e a sociedade atual. Entre os anos de 1960 e 1990, estudou e avaliou os trabalhos de Marx, suas teorias e ensaios, tais como modo de produção e materialismo histórico, estudou também suas correntes, o marxismo estruturalista e ortodoxo.
Thompson consegue atualizar o trabalho de Marx, impulsionando o modo de ver e a sociedade, ver cada pessoa como individuo único e não uma estatística estruturalista.
Até a Segunda Guerra Mundial, o marxismo podia ser dividido entre a classe marjoritaria, que determinava a superestrutura, ou seja, a cultura do ditério, moral e ética, e a classe minoritária, principal fonte de estudo para Marx, onde analisava as relações entre sujeito e sociedade.
As reflexões de Thompson sobre categoria e luta de classes foram fundamentais para a compreensão das derrotas e vitórias entre dominados e dominantes. Sua trajetória de vida e seu meio de convivência foi fundamental para o êxito de suas obras.
Filho de professores e missionários engajados em atividades culturais e politicas, sendo ainda que seu pai, John Thompson teve atuação nos campos da literatura, da história e da Igreja Metodista, Edward adquiriu uma mentalidade avessa aos governos, filiando-se ao partido comunista na mesma época em que cursava história.
Mesmo sem se dar conta, Thompson, já analisava as classes minoritárias, pois sua profissão, educador de jovens e adultos, lhe proporcionou a convivência com operários, donas de casa, viajantes, ativistas, entre outros.
Escreveu seu primeiro artigo histórico em 1955, sem aceitar o marxismo estruturalista e ortodoxo, além disso, rejeitava a leitura simplista de base/superestrutura. Na visão de Thompson, a classe é histórica, como diz em sua obra de 1987: “Por classe, entendo um fenômeno histórico que unifica uma série de acontecimentos dispares